O que é instrumentação cirúrgica

Quando falamos em cirurgia, a primeira imagem que vem à mente costuma ser a do cirurgião com o bisturi na mão. Mas sabemos que, para esse bisturi chegar lá, muito trabalho já foi feito antes. É aí que entramos:

na instrumentação cirúrgica, o nosso papel é preparar, organizar e cuidar de cada detalhe da sala, garantindo que nada falte e que o paciente receba o melhor cuidado possível.

Nos bastidores da cirurgia.

1- Solicitação da Cirurgia

Tudo começa com o médico especialista identificando a necessidade do procedimento.
Ele conversa com o paciente, explica os motivos, os riscos, os benefícios e as alternativas, além de encaminhar os exames pré-operatórios.

Como acontece uma cirurgia eletiva?

2- Avaliação pré-operatória

Depois disso, o paciente passa por consultas no ambulatório para organizar o planejamento da cirurgia.
São feitos exames laboratoriais, de imagem, avaliação clínica e também a avaliação anestésica.

3- Liberação e planejamento cirúrgico

Com os exames em mãos, o médico revisa os resultados e confirma a data.
Enquanto isso, a equipe de enfermagem organiza a autorização do plano de saúde ou pagamentos.
O paciente recebe todas as orientações: jejum, banho antisséptico, transporte até o hospital.

4- Preparação Hospital

Aqui começa a fase de preparo dentro do hospital ou centro cirúrgico.
É nesse ponto que as Metas Internacionais de Segurança do Paciente ganham destaque.

5- Equipe Cirúrgica e Mesa

Nosso papel é preparar a mesa cirúrgica com todos os instrumentais vindos do CME, fios, compressas e equipamentos.
Fazemos a contagem inicial dos materiais e conferimos se tudo está pronto para começar.
Enquanto isso, o circulante de sala e o anestesista conferem exames, monitorização e identificação correta do paciente.

É aqui que entramos!

6- Anestesia e Início da Cirurgia

O anestesista faz a indução, nós ajudamos no posicionamento adequado do paciente e a equipe realiza a antissepsia e a cobertura estéril da área.
Com tudo pronto, o cirurgião inicia o procedimento.

7- Transoperatório

Durante toda a cirurgia, nós trabalhamos em sintonia com o cirurgião, passando cada instrumento no tempo certo, atentos a cada necessidade.
O circulante auxilia fora do campo estéril, buscando materiais, ajustando equipamentos e apoiando o que for preciso.
O anestesista monitora constantemente os sinais vitais e ajusta a anestesia.
E nós, junto com o circulante, fazemos a contagem de compressas, agulhas e instrumentais, tanto durante quanto ao final da cirurgia.

8- Finalização e Pós-operatório imediato

O cirurgião finaliza o procedimento, fecha a incisão e aplica o curativo.
Nós auxiliamos na organização da mesa e na conferência final dos materiais.
O paciente é levado à SRPA (Sala de Recuperação Pós-Anestésica), onde recebe monitoramento dos sinais vitais, controle da dor e observação de possíveis complicações imediatas.

9- Alta ou Internação

Dependendo do caso, o paciente pode receber alta no mesmo dia ou permanecer internado para observação.
Ele sai com orientações de cuidados em casa, sinais de alerta, uso de medicamentos e data de retorno para revisão ou retirada de pontos.

Para você que esta começando agora na área ou apenas pesquisando sobre o assunto, eu gostaria de explicar como acontece uma cirurgia eletiva desde o início...

A instrumentação cirúrgica vai muito além de passar instrumentos.
Nós somos parte ativa da equipe, trabalhamos em sintonia com o cirurgião e temos a responsabilidade de transformar conhecimento, atenção e organização em segurança para o paciente e tranquilidade para toda a equipe.

Essa é uma visão geral de como acontece uma cirurgia eletiva e de como participamos ativamente de cada etapa.
Nós estamos presentes do início ao fim, garantindo organização, segurança e tranquilidade para toda a equipe.

👉 E essa é apenas a primeira parte da nossa jornada. Vamos juntos conhecer os principais instrumentais cirúrgicos?